domingo, 28 de agosto de 2011

Doença hemorroidaria


DEFINIÇÃO
São dilatações de vasos sanguíneos que se situam na porção mais inferior do reto e no canal anal, chamado de mamilos hemorroidários. Esses mamilos podem prolapsar com a evolução da doença.


PRINCIPAIS SINTOMAS
Desconforto anal;
Dor intensa nos casos de trombose hemorroidária;
Sangramento (sangue vivo);
Coceira e/ou presença de secreção nas roupas íntimas;
Nodulações na margem anal.


CAUSAS
Dieta pobre em fibras;
Beber pouco líquido;
Constipação (prisão de ventre);
Gravidez e obesidade podem não ser exatamente causas, mas contribui para a piora dos sintomas;
Diarréia freqüente;
Uso do papel higiênico;
Esforço evacuatório e permanecer muito tempo no vaso sanitário.


DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é simples de ser feito, um exame adequado da região anal com anuscopia (exame do interior do canal anal) pode diagnosticar e classificar o grau da hemorroida.
A classificação em graus valoriza o tamanho da hemorróida e orienta o tratamento, mas nem sempre esta correlacionada com os sintomas.


CLASSIFICAÇÃO
Grau I: não há exteriorização da hemorróida;
Grau II: a hemorróida exterioriza-se no momento da evacuação, mas retorna para dentro do reto espontaneamente;
Grau III: há exteriorização da hemorróida e há necessidade de empurrar com a mão para dentro do reto;
Grau IV: permanece constantemente exteriorizada.


TRATAMENTO
O tratamento pode ser clínico, também chamado de conservador, que se baseia nos seguintes pontos:
Correção do hábito intestinal;
Melhorar a alimentação (mais fibras) e líquidos;
Cuidados de higiene, evitando o papel higiênico e utilizando água e sabão neutro;
Em alguns casos medicações tópicas e/ou sintomáticas (analgésico, antiinflamatório).
O tratamento com Ligadura Elástica é feito no ambulatório, não necessita de anestesia e o paciente é liberado logo após o procedimento. Esse tratamento se aplica para hemorróidas de I e II graus, onde é feita a ligadura da base da hemorróida com ligas de borracha. O incomodo é bastante discreto na grande maioria dos casos, mas o paciente deve seguir as orientações do seu médico.
A cirurgia propriamente dita (Hemorroidectomia), conciste em ressecar os mamilos hemorroidários, está é feita sob anestesia e requer mais cuidados principalmente no pós-operatório. Por conta do corte, a dor é maior, mas tende a regredir bastante após 48h. A cicatrização final se dá após quatro semanas em média, mas após quinze dias o paciente já consegue voltar as suas atividades habituais.
Outra técnica cirúrgica é o grampeamento, utilizando um aparelho que promove a ressecção dos mamilos hemorroidários (PPH®). Essa técnica se aplica a hemorróidas que tem um componente de prolapso importante. A vantagem deste procedimento é provocar menos dor e a recuperação é mais rápida, pois o corte é interno e não há feridas.
Novas técnicas como o thd possibilita a correção sem cortes e vem sendo indicado em alguns casos.
Outras técnicas também são descritas para tratamento de hemorróidas são elas: uso de infravermelho e raio laser, a esclerose e a congelação.
Em breve explicaremos as técnicas separadamente.....


Dr. Jorge Reina
Coloproctologia - Cirurgia Ap. Digestivo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DIARREIAS

Quantas vezes nos deparamos no pronto socorro com a queixa de diarreia e mal estar. Mas quando esses sintomas devem nos preocupar?
Diarréia é um sintoma que se caracteriza por um aumento do número de água eliminada, seja em uma única ou em múltiplas evacuações diárias, podendo-se aceitar ainda na definição a presença, nas fezes de muco, de pus, de sangue ou de restos alimentares.

Esse volume de água que se exterioriza nas evacuações, poderá ser originado em alguns distúrbios da sua absorção, pelos diferentes segmentos enterocólicos, ou em decorrência de sua secreção, a partir de várias disfunções ou processos patológicos que compromentam o intestino delgado e ou os cólons.


DIARRÉIAS AGUDAS
No adulto, as infecções por vírus, bactérias, ou parasitas são as principais responsáveis pelo aparecimento de diarréias agudas, em decorrência da presença de microorganismos ou de produtos por ele produzidos.

São mais freqüentes e tendem a cursar de forma mais benigna e com curta duração.Conceitualmente são aquelas que não ultrapassam 3 semanas de evolução, em geral até cinco dias, exigindo, eventualmente maior profundidade na pesquisa da sua causa. Por apresentarem evolução benigna e autolimitada, na qual o organismo, na maioria das vezes, controla a infecção com seus próprios mecanismos de defesa, dispensa-se, numa primeira etapa, qualquer investigação no sentido da sua identificação. Mais raramente promovem quadros graves e nessas situações, impõe-se a pesquisa etiológica de imediato. Essa forma grave de apresentação incide geralmente em indivíduos com menor defesa imunológica como idosos, crianças e imunossuprimidos, ou assume um caráter de mini-epidemia, em surto, principalmente em festividades envolvendo ingestão de alimentos contaminados.

As propostas terapêuticas assumem ampla variação e devem ser de acordo com cada forma de apresentação da infecção, desde simples observação até a hospitalização.


DIARRÉIAS CRÔNICAS
Nesses casos é preciso analisar se, num primeiro momento a manifestação intestinal é devida a causas digestivas ou possa fazer arte de um conjunto de sintomas de alguma outra síndrome de qualquer outro sistema. Devem ser descartadas alterações metabólicas do tipo hipertireoidismo, uremia, diabetes ou hiperparatireoicismo.

É importante inicialmente com base em informações prestadas pelo paciente que o médico diferencie grosseiramente, se a síndrome diarréica é devida a afecções do intestino delgado ou do cólon, para não retardar o diagnóstico e abordagem terapêutica.

As diarréias colônicas, desde que não originadas em infecções, merecem alguma atenção, pois podem refletir apenas alterações funcionais do cólon e não ocorrerem por por doenças detectáveis pelas investigações complementares usuais.

Alguns medicamentos podem ser responsáveis pelo quadro diarréico: hormônios tireoidianos , colchicina, digitálicos, pró-cinéticos e algumas drogas com potencial diurético.

Outra condição que deve ser afastada é a diarréia paradoxal que ocorre em pacientes gravemente constipados que desenvolvem fecalomas.

Nos quadros de diarréia crônica o diagnóstico diferencial também deve ser realizado com as neoplasias colônicas e doenças inflamatórias intestinais – retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Ao primeiro sinal de diarréia associada ou não a presença de muco ou sangue nas fezes que dura mais de 3 semanas você devera nos procurar para uma melhor avaliação.

ESTAMOS ONLINE!!!

Ufa... Aos poucos estamos saindo do papel... Durante muito tempo o projeto de criar um blog informativo para as pessoas conhecerem um pouco sobre oque fazemos e tratamos foi um sonho, porem hoje entramos no ar!!! Em breve muitas duvidas serao sanadas por aqui