terça-feira, 23 de agosto de 2011

DIARREIAS

Quantas vezes nos deparamos no pronto socorro com a queixa de diarreia e mal estar. Mas quando esses sintomas devem nos preocupar?
Diarréia é um sintoma que se caracteriza por um aumento do número de água eliminada, seja em uma única ou em múltiplas evacuações diárias, podendo-se aceitar ainda na definição a presença, nas fezes de muco, de pus, de sangue ou de restos alimentares.

Esse volume de água que se exterioriza nas evacuações, poderá ser originado em alguns distúrbios da sua absorção, pelos diferentes segmentos enterocólicos, ou em decorrência de sua secreção, a partir de várias disfunções ou processos patológicos que compromentam o intestino delgado e ou os cólons.


DIARRÉIAS AGUDAS
No adulto, as infecções por vírus, bactérias, ou parasitas são as principais responsáveis pelo aparecimento de diarréias agudas, em decorrência da presença de microorganismos ou de produtos por ele produzidos.

São mais freqüentes e tendem a cursar de forma mais benigna e com curta duração.Conceitualmente são aquelas que não ultrapassam 3 semanas de evolução, em geral até cinco dias, exigindo, eventualmente maior profundidade na pesquisa da sua causa. Por apresentarem evolução benigna e autolimitada, na qual o organismo, na maioria das vezes, controla a infecção com seus próprios mecanismos de defesa, dispensa-se, numa primeira etapa, qualquer investigação no sentido da sua identificação. Mais raramente promovem quadros graves e nessas situações, impõe-se a pesquisa etiológica de imediato. Essa forma grave de apresentação incide geralmente em indivíduos com menor defesa imunológica como idosos, crianças e imunossuprimidos, ou assume um caráter de mini-epidemia, em surto, principalmente em festividades envolvendo ingestão de alimentos contaminados.

As propostas terapêuticas assumem ampla variação e devem ser de acordo com cada forma de apresentação da infecção, desde simples observação até a hospitalização.


DIARRÉIAS CRÔNICAS
Nesses casos é preciso analisar se, num primeiro momento a manifestação intestinal é devida a causas digestivas ou possa fazer arte de um conjunto de sintomas de alguma outra síndrome de qualquer outro sistema. Devem ser descartadas alterações metabólicas do tipo hipertireoidismo, uremia, diabetes ou hiperparatireoicismo.

É importante inicialmente com base em informações prestadas pelo paciente que o médico diferencie grosseiramente, se a síndrome diarréica é devida a afecções do intestino delgado ou do cólon, para não retardar o diagnóstico e abordagem terapêutica.

As diarréias colônicas, desde que não originadas em infecções, merecem alguma atenção, pois podem refletir apenas alterações funcionais do cólon e não ocorrerem por por doenças detectáveis pelas investigações complementares usuais.

Alguns medicamentos podem ser responsáveis pelo quadro diarréico: hormônios tireoidianos , colchicina, digitálicos, pró-cinéticos e algumas drogas com potencial diurético.

Outra condição que deve ser afastada é a diarréia paradoxal que ocorre em pacientes gravemente constipados que desenvolvem fecalomas.

Nos quadros de diarréia crônica o diagnóstico diferencial também deve ser realizado com as neoplasias colônicas e doenças inflamatórias intestinais – retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Ao primeiro sinal de diarréia associada ou não a presença de muco ou sangue nas fezes que dura mais de 3 semanas você devera nos procurar para uma melhor avaliação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário