terça-feira, 13 de setembro de 2011

Câncer de Colon e Reto



DEFINIÇÂO
Compreendem todas as lesões malignas, cânceres do intestino grosso e do reto. Os dados do INCA apontam o câncer colo-retal como a 5ª causa de morte por câncer e o 6º tumor maligno mais freqüente para ambos os sexos.


PRINCIPAIS SINTOMAS

-
Anemia de origem indeterminada (fraqueza);
- Dor abdominal;
- Massa abdominal;
- Melena (Fezes com aspecto de borra de café);
- Constipação;
- Diarréia;
- Náuseas e vômitos;
- Tenesmo (Vontade persistente de evacuar).


EPIDEMIOLOGIA
O câncer de cólon e reto pode ocorrer em qualquer idade, mas a maior incidência de casos ocorre na faixa etária entre 50 e 70 anos, mas as possibilidades de desenvolvimento já aumentam a partir dos 40 anos.


PRINCIPAIS FATORES DE RISCO

- Idade acima de 50 anos; 
- História familiar de câncer de cólon e reto; 
- História pessoal pregressa de câncer de ovário, endométrio ou mama; 
- Dieta com alto conteúdo de gordura, carne e baixo teor de cálcio; 
- Obesidade e sedentarismo;
- Também são fatores de risco doenças inflamatórias do cólon como retocolite ulcerativa crônica e Doença de Cronh; 
- Algumas condições hereditárias (Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) e Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC).


DIAGNÓSTICO
Alguns exames são realizados no intuito de diagnosticar o câncer, sendo os mais comuns:

Pesquisa de sangue oculto nas fezes: o paciente irá coletar uma amostra de fezes, conforme orientação do laboratório, onde será pesquisado a presença de vestígios de sangue;

Retosigmoidoscopia: o médico introduz pelo ânus um fino tubo com uma câmara na ponta para dentro do reto à procura de pólipos ou lesões suspeitas. Os estudos mostram que se as pessoas acima de 50 anos de uma determinada população realizarem esse exame regularmente, diminui as mortes decorrentes desse tipo de tumor naquela população. O intervalo ideal que deve ser feito esse exame (de quanto em quanto tempo) ainda não foi determinado e o paciente deve discutir com o seu médico, que avaliará os seus fatores de risco e o resultado do primeiro exame para determinar o intervalo ideal.

Clister opaco ou enema opaco: Nesse exame, um líquido contendo bário (líquido branco que tem a propriedade de aparecer contrastado num exame radiológico) é colocado dentro do reto e do cólon através do ânus e vários exames de Raio X são realizados afim de procurar por defeitos no enchimento dessa porção do intestino. Localizada uma anormalidade, um exame endoscópico deve ser realizado para fazer uma biópsia (retirar uma pequena porção do tecido alterado para se fazer um exame patológico) ou mesmo para fazer a retirada total da lesão.

Colonoscopia: Esse exame é um exame endoscópico semelhante à Retosigmoidoscopia, porém com um aparelho mais fino e mais flexível, que consegue visualizar as porções do cólon, além do reto e do sigmóide. Apesar de os tumores coloretais localizarem-se mais freqüentemente nas suas porções mais próxima ao ânus, boa parte dos tumores pode se localizar nas porções iniciais do cólon e, por isso mesmo, serem mais difíceis de se diagnosticar e causarem menos sintomas.
Os exames sugerem a doença, mas o diagnóstico da doença é feito através de biópsia endoscópica (Retosigmoidoscopia ou colonoscopia) com estudo histopatológico.


TRATAMENTO
O tratamento é a retirada completa da lesão. Se as lesões forem grandes e não for possível sua ressecção por via endoscópica a cirurgia faz-se necessária. A cirurgia é realizada retirando a parte do intestino afetada e os linfonodos próximos a esta região. Muitos tumores do reto são tratados com cirurgias que preservam o esfíncter anal, através da utilização dos grampeadores, evitando assim as colostomias.


TRATAMENTO COMPLEMENTAR
Após o tratamento cirúrgico, a radioterapia associada ou não à quimioterapia pode ser utilizada para diminuir a possibilidade da volta do tumor (recidiva). Quando a doença está disseminada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura diminuem.


PREVENÇÃO
Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio, folato e pobre em gorduras animais é considerada uma medida preventiva. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcóolicas deve ser evitada. 

Como prevenção é indicada uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos.


DETECÇÃO PRECOCE
O câncer colo-retal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor. Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Indivíduos com exame positivo devem realizar colonoscopia.

Os indivíduos que têm fatores de risco devem ter um acompanhamento diferenciado.


Dr. Jorge Reina
Coloproctologia - Cirurgia Ap. Digestivo

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Prurido Anal


DEFINIÇÃO
O prurido anal é caracterizado como uma coceira anal constante.


SINTOMAS
Coceira;
Desconforto;
Dor em alguns casos;
Presença de secreção.


CAUSAS
Parasitose;
Irritações de pele na região do ânus;
Plicomas hemorroidários;
Higiene inadequada;
Diarréia crônica;
Constipação intestinal (prisão de ventre);
Diabetes;
Doença sexualmente transmissível.


DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é simples de ser feito, um exame adequado da região anal, toque retal e anuscopia (exame do interior do canal anal). Mas em alguns casos pode ser necessário raspado ou biopsia da região para se definir a causa. Outros exames podem ser realizados a depender do caso.


TRATAMENTO
O tratamento vai depender da causa do prurido, mas algumas medidas são universais:
Tratamento da diarréia;
Evite a constipação, a prisão de ventre;
Faça uma higiene cuidadosa com água e sabão toda vez que evacuar;
Evite usar papel higiênico;
Faça banhos de assento com água norma;
Seque bem a região após a higiene;
Utilize roupas íntimas de algodão;
Faça uma alimentação saudável, evite condimentos e temperos fortes.



Dr. Jorge Reina
Coloproctologia - Cirurgia Ap. Digestivo

domingo, 4 de setembro de 2011

Oque é pph?

É uma técnica cirúrgica desenvolvida na Itália nos anos 90 e que não deixa cortes externos, sendo o processo de cicatrizaçao mais rápido, com menor dor e que permite a volta do paciente as atividades habituais em poucos dias. O tempo de recuperação e de internação é menor. O paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia, oque diminui o gasto com internação.
O uso de analgésicos cai em 60% no pos operatório.




Dr. Jorge Reina
Coloproctologia - Cirurgia Ap. Digestivo

Todos temos hemorroidas?

As hemorroidas sao veias normais de nossa anatomia que podem se dilatar, causando oque costuma ser rotulado como ter hemorroidas. Portanto, hemorroidas todos temos, quando a pessoa sente hemorroidas (sangramento, dor ou coceira) é oque chamamos de doença hemorroidaria que atinge cerca de 70 % da população mundial. Existem dois tipos de hemorroidas. Internas e externas.

Quais as causas?
Hereditarismo
Ma alimentação
Sedentarismo
Ansiedade
Gravidez

Quais os sintomas?
Os sintomas dependem de sua localização. Externas ocasionam dor, ardor, coceira e caroço no anus. As internas causam sangramento e exteriorização ao evacuar. Como todas as doenças do reto e do anus podem sangrar em algum momento, o ideal é que procure um especialista e faça um exame proctologico completo.

Dicas para previnir a doença
Habito intestinal freqüente com evacuação pastosa
Pouco esforço evacuatorio
Dieta rica em fibras frutas e verduras
Ingestão superior a 2 litros por dia
Evitar papel higiênico, usar água sabonete neutro e toalha

Tratamento
Existem tratamentos clínicos e cirúrgicos.
Dentre os tratamentos cirúrgicos existem inúmeras técnicas e você deve procurar um proctologista para orientação.


Dr. Jorge Reina
Coloproctologia - Cirurgia Ap. Digestivo

domingo, 28 de agosto de 2011

Doença hemorroidaria


DEFINIÇÃO
São dilatações de vasos sanguíneos que se situam na porção mais inferior do reto e no canal anal, chamado de mamilos hemorroidários. Esses mamilos podem prolapsar com a evolução da doença.


PRINCIPAIS SINTOMAS
Desconforto anal;
Dor intensa nos casos de trombose hemorroidária;
Sangramento (sangue vivo);
Coceira e/ou presença de secreção nas roupas íntimas;
Nodulações na margem anal.


CAUSAS
Dieta pobre em fibras;
Beber pouco líquido;
Constipação (prisão de ventre);
Gravidez e obesidade podem não ser exatamente causas, mas contribui para a piora dos sintomas;
Diarréia freqüente;
Uso do papel higiênico;
Esforço evacuatório e permanecer muito tempo no vaso sanitário.


DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é simples de ser feito, um exame adequado da região anal com anuscopia (exame do interior do canal anal) pode diagnosticar e classificar o grau da hemorroida.
A classificação em graus valoriza o tamanho da hemorróida e orienta o tratamento, mas nem sempre esta correlacionada com os sintomas.


CLASSIFICAÇÃO
Grau I: não há exteriorização da hemorróida;
Grau II: a hemorróida exterioriza-se no momento da evacuação, mas retorna para dentro do reto espontaneamente;
Grau III: há exteriorização da hemorróida e há necessidade de empurrar com a mão para dentro do reto;
Grau IV: permanece constantemente exteriorizada.


TRATAMENTO
O tratamento pode ser clínico, também chamado de conservador, que se baseia nos seguintes pontos:
Correção do hábito intestinal;
Melhorar a alimentação (mais fibras) e líquidos;
Cuidados de higiene, evitando o papel higiênico e utilizando água e sabão neutro;
Em alguns casos medicações tópicas e/ou sintomáticas (analgésico, antiinflamatório).
O tratamento com Ligadura Elástica é feito no ambulatório, não necessita de anestesia e o paciente é liberado logo após o procedimento. Esse tratamento se aplica para hemorróidas de I e II graus, onde é feita a ligadura da base da hemorróida com ligas de borracha. O incomodo é bastante discreto na grande maioria dos casos, mas o paciente deve seguir as orientações do seu médico.
A cirurgia propriamente dita (Hemorroidectomia), conciste em ressecar os mamilos hemorroidários, está é feita sob anestesia e requer mais cuidados principalmente no pós-operatório. Por conta do corte, a dor é maior, mas tende a regredir bastante após 48h. A cicatrização final se dá após quatro semanas em média, mas após quinze dias o paciente já consegue voltar as suas atividades habituais.
Outra técnica cirúrgica é o grampeamento, utilizando um aparelho que promove a ressecção dos mamilos hemorroidários (PPH®). Essa técnica se aplica a hemorróidas que tem um componente de prolapso importante. A vantagem deste procedimento é provocar menos dor e a recuperação é mais rápida, pois o corte é interno e não há feridas.
Novas técnicas como o thd possibilita a correção sem cortes e vem sendo indicado em alguns casos.
Outras técnicas também são descritas para tratamento de hemorróidas são elas: uso de infravermelho e raio laser, a esclerose e a congelação.
Em breve explicaremos as técnicas separadamente.....


Dr. Jorge Reina
Coloproctologia - Cirurgia Ap. Digestivo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DIARREIAS

Quantas vezes nos deparamos no pronto socorro com a queixa de diarreia e mal estar. Mas quando esses sintomas devem nos preocupar?
Diarréia é um sintoma que se caracteriza por um aumento do número de água eliminada, seja em uma única ou em múltiplas evacuações diárias, podendo-se aceitar ainda na definição a presença, nas fezes de muco, de pus, de sangue ou de restos alimentares.

Esse volume de água que se exterioriza nas evacuações, poderá ser originado em alguns distúrbios da sua absorção, pelos diferentes segmentos enterocólicos, ou em decorrência de sua secreção, a partir de várias disfunções ou processos patológicos que compromentam o intestino delgado e ou os cólons.


DIARRÉIAS AGUDAS
No adulto, as infecções por vírus, bactérias, ou parasitas são as principais responsáveis pelo aparecimento de diarréias agudas, em decorrência da presença de microorganismos ou de produtos por ele produzidos.

São mais freqüentes e tendem a cursar de forma mais benigna e com curta duração.Conceitualmente são aquelas que não ultrapassam 3 semanas de evolução, em geral até cinco dias, exigindo, eventualmente maior profundidade na pesquisa da sua causa. Por apresentarem evolução benigna e autolimitada, na qual o organismo, na maioria das vezes, controla a infecção com seus próprios mecanismos de defesa, dispensa-se, numa primeira etapa, qualquer investigação no sentido da sua identificação. Mais raramente promovem quadros graves e nessas situações, impõe-se a pesquisa etiológica de imediato. Essa forma grave de apresentação incide geralmente em indivíduos com menor defesa imunológica como idosos, crianças e imunossuprimidos, ou assume um caráter de mini-epidemia, em surto, principalmente em festividades envolvendo ingestão de alimentos contaminados.

As propostas terapêuticas assumem ampla variação e devem ser de acordo com cada forma de apresentação da infecção, desde simples observação até a hospitalização.


DIARRÉIAS CRÔNICAS
Nesses casos é preciso analisar se, num primeiro momento a manifestação intestinal é devida a causas digestivas ou possa fazer arte de um conjunto de sintomas de alguma outra síndrome de qualquer outro sistema. Devem ser descartadas alterações metabólicas do tipo hipertireoidismo, uremia, diabetes ou hiperparatireoicismo.

É importante inicialmente com base em informações prestadas pelo paciente que o médico diferencie grosseiramente, se a síndrome diarréica é devida a afecções do intestino delgado ou do cólon, para não retardar o diagnóstico e abordagem terapêutica.

As diarréias colônicas, desde que não originadas em infecções, merecem alguma atenção, pois podem refletir apenas alterações funcionais do cólon e não ocorrerem por por doenças detectáveis pelas investigações complementares usuais.

Alguns medicamentos podem ser responsáveis pelo quadro diarréico: hormônios tireoidianos , colchicina, digitálicos, pró-cinéticos e algumas drogas com potencial diurético.

Outra condição que deve ser afastada é a diarréia paradoxal que ocorre em pacientes gravemente constipados que desenvolvem fecalomas.

Nos quadros de diarréia crônica o diagnóstico diferencial também deve ser realizado com as neoplasias colônicas e doenças inflamatórias intestinais – retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Ao primeiro sinal de diarréia associada ou não a presença de muco ou sangue nas fezes que dura mais de 3 semanas você devera nos procurar para uma melhor avaliação.

ESTAMOS ONLINE!!!

Ufa... Aos poucos estamos saindo do papel... Durante muito tempo o projeto de criar um blog informativo para as pessoas conhecerem um pouco sobre oque fazemos e tratamos foi um sonho, porem hoje entramos no ar!!! Em breve muitas duvidas serao sanadas por aqui